Os números da malária em Angola continuam a aumentar, no momento em que a crise económica e financeira começa a deixar marcas nos programas sociais do Governo.
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Luta contra malária "sofre" com crise económica em Angola - 1:35
Angola registou nos dois primeiros meses deste ano mais de mil mortes pela malária, em mais de 500 mil casos, revelou neste Dia Mundial de Luta contra a Malária o director-adjunto do Programa Nacional de Controlo e Combate à Malária (PNCCM), Rafael Dimbu.
Em declarações à rádio Pública, Dimbu disse que a participação dos cidadãos no combate à doença é importante, através de medidas preventivas.
"Os angolanos devem perceber que a malária não é um problema apenas do Governo, é preciso que as pessoas percebam que temos medidas preventivas para evitarmos a malária, é preciso que a gente use redes mosquiteiras, acabe com os charcos de água, para acabar com os mosquitos", referiu Rafael Dimbu, que justificou esse aumento de casos com as chuvas.
O economista Carlos Rosado de Carvalho diz que, além de reduzir o investimennto no combate à malária, a crise também corta investimentos no saneamento basico, tal como se vê na capital angolana, com consequências também ao nível da saúde: “não há dinheiro para saneamanto não há dinheiro para o lixo isso aumenta a malaria”, afirma.
Numa análise da situação actual, Carvalho aponta à VOA para a elevada taxa de mortes no país devido a muitas doenças, entre elas a malária, com consequências gravíssmas na produtividade e consequentemente na economia nacional.
“Aquilo que cada um produz é a nossa produtividade, mas quando as pessoas não vão trabalhar porqeu ficam doentes, há consequências a nivel os gastos que se fazem”, explica Carlos Rosado de Carvalho.
Neste Dia Mundial de Luta Contra a Malária, as autoridades angolanas fizeram vários apelos para um maior envolvimento da sociedade na recolha e tratamento do lixo, evitar charcos de águas nos quintais, e uso constante do mosquiteiro.