Um pesquisador de Benguela critica o que considera ser ‘‘prisão’’ do busto do fundador da cidade, prestes a celebrar 400 anos, e reafirma que o palácio é o local ideal para a representação de Manuel Cerveira Pereira.
Joaquim Grilo prefere não acreditar que o busto de Manuel Cerveira Pereira, antigo administrador colonial, tenha sido colocado no Museu Nacional de Arqueologia.
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“Infelizmente tiraram o busto do fundador da cidade do seu pedestal. Manuel Cerveira Pereira apanhou ‘prisão perpétua’ no Museu de Arqueologia, de onde partiam escravos para o Brasil. Estamos aqui com pompa e circunstância por causa das festas, mas com o fundador cativo. Ele deve estar defronte ao Palácio’’, lembra Grilo.
O pesquisador cultural, há vários anos à espera de apoios para publicar um livro sobre a história de Benguela, falava após a apresentação do programa de festas para o 17 de Maio, dia da cidade.
Na ocasião, o administrador municipal, Leopoldo Muhongo, anunciou a construção de um memorial para homenagear figuras de Benguela.
São quatro degraus em pedra e granito, com espaço para exaltação da luta pelo fim de vários séculos de colonização.
“Num espaço central devidamente requalificado. Será uma grande inovação este memorial em estilo francês. Vai simbolizar a independência e o alcance da paz, esperando-se que nele esteja patente o espírito de criatividade’’, sublinha Muhongo.
As festas da cidade encontram na Feira Internacional de Benguela (FIB) um dos pontos mais altos.